“Não tenha medo da mudança. Coisas boas se vão para que melhores possam vir.”
Vinte e um. Uma volta completa ao sol. A idade que sinto que me reserva várias coisas boas. Se os vinte foram uma montanha constante de batalhas, espero dos vinte e um equilíbrio. Equilíbrio entre o 8 e o 80, que desde sempre me caracterizou e que não contribui para o meu bem estar psicológico. Equilíbrio entre a realidade e as minhas expectativas. Equilíbrio entre toda a tristeza, angústia, alegria e felicidade. É apenas o universo agindo, de forma a levar-nos para os melhores lugares e para aqueles em que somos necessários.
A cada dia tento reagir com luz a todas as más ações e dias maus, pois é o jeito mais simples e menos decepcionante de encarar a vida. Quando aprendemos a retribuir tudo com o que temos no coração, tudo em nosso redor muda de perspectiva. Não há maldade que nos contamine, pois o nosso bem vem de dentro e é puro, verdadeiro. E quando retribuímos qualquer gesto, bom ou mau, com bondade e com luz, sabemos que chegamos ao nosso melhor estado de elevação. Ser bom não deixa nódoa, mas retribuir com maldade deixa marcas que perduram no tempo.
Os vinte ensinaram-me muito sobre a vida e as pessoas que tenho em redor. Fizeram-me duvidar de tudo, até das minhas capacidades, perdi o norte, confundi-me sobre o futuro e continuei, de qualquer forma, em busca do que acredito. Abri, por completo, os olhos. Estou mais alerta. Procuro ser mais ponderada com as minhas palavras e ações. Preocupo-me com o bem estar do outro e ponho também o meu próprio bem estar em primeiro lugar. E acima de tudo, procuro dar o meu melhor em cada dia, para que não hajam arrependimentos no final de cada anoitecer.
Acredito que os vinte e um me reservam momentos muito bons, como também desafiantes. Entro nesta nova volta ao sol, erguida e com coragem, depois de um começo de semana atribulado que me derrubou de formas inexplicáveis. E hoje, só consigo agradecer por cada ato ter a sua lição e o seu tempo certo de acontecer. Revelou-me uma vez mais, a valorização que temos pelas pessoas, a lealdade, a verdade. Revelou-me a coragem que tenho, ainda que não queira sair da cama, para enfrentar cada dia e quem me derrubou, de queixo erguido.
A Carolina que sempre conheci, orgulha-se certamente disto. Acima de tudo, estou orgulhosa de mim. Em adolescente, não me via a chegar tão longe e hoje estou aqui.
Sejam bem vindos, vinte e um! Que possam ser marcantes, felizes e revolucionários! Afinal, é um número. Uma marca. Uma cicatriz. Uma ruga. Um número para nos lembrarmos de sermos felizes enquanto há tempo, pois nem o tempo sabe, quanto tempo tem.