Este ano senti-me mais sozinha e a tua falta fez-se sentir de tantas maneiras, reabrindo a dor de não te ter comigo para dividir as minhas dores e as minhas alegrias. Olho tantas vezes o céu, na tentativa de apaziguar o meu coração irrequieto de perguntas sem resposta, em busca da estrela mais bonita e brilhante que reconheço que és tu. Nem sempre vejo-te tão nitidamente ou sinto-te em todos os lugares por onde caminho. Queria poder chegar a casa e dar-te um abraço apertado, fazer-te rir de imensas formas, chatear-te e apertar-te até que te faltasse o ar. Faria de tudo por ti, porque amor como este pulsa mais do que todos os outros. Amor de irmã/irmão sempre será superior a todos os outros.
Surpreendo-me tantas vezes, ao falar contigo, murmurando-te as minhas conquistas e o que neste momento, podíamos estar a fazer para as comemorar. Confesso-te sempre que conquistamos tudo juntos, porque me guias sempre, como a luz no final do túnel, aonde quer que vá.
Já me perdi em tantos caminhos pecaminosos, caí e recompus-me. Acredito que a pouca luz que fui encontrando, foi um sinal teu de que estavas presente e não querias de todo, ver-me desistir.
Há abraços que me faltam, palavras que fazem-se sentir por não as ouvir, beijos que jamais serão dados, conselhos que jamais serão ouvidos. Fazes-me uma falta absurda e nem te tive de corpo inteiro comigo. A tua alma esteve aqui e está todos os dias, depois que te foste. Aqui a tua falta sempre será sentida, numa saudade maior do que todas as outras, porque não houve tempo de construir memórias, de ouvir-te rir, de ver-te, sentir-te. Eu precisava de mais, muito mais! Custa, caramba! Como pode-nos fazer falta alguém que nunca nos falou, que nunca nos abraçou? Como podes fazer-me falta se nunca te conheci?
O amor transcende tudo o que é medido como possível. O meu amor supera todas as memórias, feitas com pessoas com quem já convivi. Tive-te por tão pouco tempo, mas marcaste-me para toda a vida. Gostava de ver-me nos teus olhos, de poder ligar-te e dizer-te “prepara-te, maninho, vou buscar-te”, gostava de poder ralhar-te, de ter segredos só nossos, de ver-te crescer e de participar em cada instante da tua vida.
Já acreditei que roubaram-nos isso, que roubaram-te de mim. Só que, a dor ainda que se faça sentir forte, faz-nos entender algumas coisas, ao longo do tempo. Não te roubaram de mim, porque viverás eternamente no meu peito, no meu pensamento, ainda que tenha de imaginar-te o rosto e de amar-te a anos-luz de distância. Existem barreiras perfuráveis e o amor consegue transcender todas. Sinto-te, tenho-te e faço-te presente. Serás sempre o irmão que tive, só que não fui a tempo de conhecer. Eternamente, serás o meu maninho, aquele que tinha o dever de proteger. És tu quem me proteges, guias e trazes-me de novo, para o caminho certo. Agora vês-me com outros olhos, supervisionando todos os meus atos, amenizando as quedas, devolvendo-me a esperança e a força. Há dias que acredito que estás mesmo à minha espera, pois sinto-te tão presente, tão junto a mim.
O meu amor por ti jamais acabará. Talvez um dia, possa falar-te ao ouvido o quanto gosto de ti e o quanto te agradeço por me amparares em todas as decisões. Se sou quem sou, devo-te também a ti. A dor continua, só que ao menos sei, que posso partilhá-la contigo.
Olhar-te-ei no céu, sentindo-te perto, amando-te infinitos. Não há linha que me impeça de amar-te incondicionalmente. Para sempre serás meu.
Fazes parte de mim. Brilha, estrelinha, brilha…?
4 Comentários
Há amores que nos embalam até ao fim do fim!
Certamente. Até ao fim…
Estou aqui perdida No teu blogue, estou adorar. Adorei imenso. Um beijinho, S
Own, muito obrigada querida! Que voltes quando quiseres. ?❤️